28/04/11

FASCÍNIO PELA QUALIDADE



Com arquitectura de Ricardo Bofill e design de interiores de Nini Andrade Silva, o hotel The Vine assume o seu sofisticado luxo e retira o máximo da sua localização privilegiada, com vistas deslumbrantes sobre o Funchal.

Projecto de arquitectura: Ricardo Bofill
Design de Interiores: Nini Andrade Silva
Fotografia: Design Hotels



O hotel The Vine tem a assinatura do arquitecto catalão Ricardo Bofill e todo um trabalho de interiores a cabo da designer Nini Andrade Silva. A arquitectónica do The Vine destaca-se, para além da qualidade estrutural, pela forma harmoniosa em que foi integrado no centro histórico do Funchal, bem perto da Sé catedral.
Membro da cadeia Design Hotels, o The Vine junta-se assim, na ilha da Madeira, a dois outras unidades também pertencentes a esta cadeia hoteleira, que são o Estalagem da Ponta do Sol e o Choupana Hills Resort & Spa.
O nome The Vine e a inspiração para o hotel foram baseados no famoso vinho da Madeira, de reputação mundial. O conhecido vinho continua a existir e a produzir o seu fascínio, se bem que os característicos poios – socalcos construídos – onde se fazem os cultivos da vinha, da cana-de-açúcar ou da banana sejam cada vez menos visíveis.


 
O arquitecto Ricardo Bofill, bom conhecedor da região e com outro projecto recente na ilha do Porto Santo, tirou partido da localização privilegiada do The Vine tendo estruturado um terraço no topo do hotel, com uma piscina ao ar livre e um restaurante, que permite uma deslumbrante vista panorâmica de 360º, ora sobre a magnífica baía ou sobre as montanhas do Funchal. No exterior o hotel apresenta-se de uma forma neutra, não criando qualquer tipo de contraste marcante ou agressivo em relação à sua envolvente. O projecto de arquitectura concebido dotou o hotel de 57 quartos de luxo, 17 júnior suites e 5 design suites – ambas as últimas com áreas até os 90m2 – e todos os quartos com boas vistas sobre a cidade ou sobre o porto. O espaço no interior do hotel é sempre amplo em todos os seus recantos de estar, mas essa percepção é ainda mais notória nas suites, com zonas de banho em espaço aberto, banheiras espaçosas e áreas generosas para dispor as camas de tamanho grande ao centro de cada quarto. O hotel incorpora ainda espaço para um Spa de vinoterapia – exemplo único na Madeira –, com mais de 300 m2 e com uma orientação terapêutica baseada nos produtos TheraVine, uma das marcas mais prestigiadas em vinoterapia. Destacamos ainda o restaurante UVA, gerido pelo chef francês Antoine Westermann – detentor de 3 estrelas Michelin – e cujo espaço – localizado no terraço – não sendo grande, oferece uma atmosfera sofisticada, um serviço personalizado e uma fabulosa vista panorâmica sobre o Funchal. Por fim, aludimos à existência de uma sala de reuniões, com cerca de 140 m2, com uma capacidade para 100 pessoas e equipado com a mais alta tecnologia adequada a um espaço com estas características.


 
A par das qualidades estruturais do projecto de Ricardo Bofill temos de destacar também todo o trabalho da reputada designer de interiores Nini Andrade Silva, que vem complementar e reforçar a qualidade e o conforto do hotel. Sob o tema vinho da Madeira, cada recanto do hotel reflecte a sugestão de todo o imaginário ligado a essa produção vinícola, que a designer madeirense conhece bem. No espaço lounge Terra surgem com naturalidade as madeiras oriundas das vinhas locais, que prosseguem até ao Spa de vinoterapia. Para cada piso do The Vine foi designada uma cor, no segundo surge o verde em representação da Primavera, no terceiro o violeta para o Verão, no quarto o cinzento para o Inverno e no quinto cores castanhas para o Outono. Este programa cromático é uma analogia directa às cores dominantes da maturação das uvas durante o ano. No terraço, no deck da piscina, as cadeiras apresentam também estas mesmas cores. Perto de cada entrada do elevador, por piso, vamos encontrar um cubo iluminado com um espaço para sentar, que nos transporta para o imaginário das vinhas. Outro pormenor que destacamos no trabalho de Nini Andrade Silva, é a inclusão de telas fotográficas de grandes dimensões, que aumentam a carga imagética em que o ambiente de interiores do hotel se desenvolve. Este recurso à fotografia, em suporte grande, leva-nos para outro trabalho também ele muito conseguido por parte da criativa madeirense, nomeadamente os restaurantes Bonsai e Saldanha Mar, do Fontana Park Hotel, em Lisboa, também pertencente à cadeia Design Hotels. A qualidade estética e funcional do design de interiores de Nini Andrade Silva, atribuem todo um conforto e uma simplicidade única que reforçam o carácter do hotel. O trabalho da designer é todo ele estruturado em complementaridades, que vão no sentido da harmonia visual e táctil. A iluminação joga com cada espaço específico mas também reforça o programa cromático, fazendo sobressair as cores. O design do mobiliário, a utilização dos têxteis ou o contraste dos materiais fazem parte das intenções estéticas da designer em dotar o hotel de verdadeiros pormenores de requinte. A funcionalidade e a consistência de cada detalhe no trabalho de Nini Andrade Silva, são sempre tidos em conta. Encontramos no The Vine toda uma atmosfera de luxo acolhedor e de desafogada harmonia estética.



http://www.designhotels.com/
ATELIERS ABERTOS PELA ORDEM DOS ARQUITECTOS

A acção chama-se Ateliers Abertos, é uma inicitaiva da Secção Regional do Sul da Ordem dos Arquitectos e que tem como desígnio divulgar o trabalho de arquitectos ao grande público. A acção pretender evidenciar o papel importante dos arquitectos no desempenho da sua arte de construir, promovendo por essa via a qualidade de vida e a melhoria do meio construído.
A acção estará nas montras das lojas comerciais de Lisboa, com a presença de maquetes de projectos fornecidas pelos ateliers de arquitectura que aderirem a esta iniciativa. Os ateliers aderentes vão também abrir as suas portas ao público.
Os Ateliers Abertas vai se desenvolver em dois momentos: 1) call for models: modelos tridimensionais nas montras de Lisboa; 2) open talk: arquitectos abrem os seus ateliers ao público.
As inscrições estão abertas até 16 de Maio e para tal basta que os ateliers de arquitectura interessados nesta acção, enviem um mail com uma proposta para ateliersabertos@oasrs.org , preencher uma ficha de inscrição e enviando imagem(s) do(s) modelo(s) proposto(s). 
MUSEU DO DESIGN DE HOLON



O Museu do Design de Holon, em Israel, é um projecto do atelier Ron Arad Arquitectos, que criou um edifício com uma boa expressividade e que se tornará num pólo de atracção turística da cidade.

Projecto de arquitectura Ron Arad Arquitectos
Fotografias Yael Pincus e Yossi Zwecker



O Museu de Design de Holon, cidade israelita, é uma obra com a assinatura de qualidade do atelier Ron Arad Arquitectos. Este novo ícone da arquitectura contemporânea evidencia 5 longas bandas de aço – CORTEN –, sendo o primeiro trabalho de Ron Arad idealizado para uma escala destas dimensões. A inauguração do Museu do Design de Holon, no ano passado, foi o ponto alto de 16 anos de regeneração urbana levada a cabo pela edilidade local, que elaborou um programa ambicioso que coloca a cidade no mapa pelos seus atractivos culturais e educacionais.
Este trabalho de Ron Arad expressa uma vertente escultórica, complementando engenho e total funcionalidade com uma elevada qualidade visual. O criativo salienta que “ foi criada uma hierarquia de espaços exteriores para que se pudesse entrar por debaixo do edifício até a um pátio semi-coberto. A expressividade com que o aço é trabalhado e o efeito visual que provoca, vão um pouco mais além do que os olhos conseguem ver. Neste sentido Ron Arad afirma que “ o sobrescrito do edifício não é só um espaço bonito, é também uma estrutura”.



O Museu do Design de Holon dispõe de duas galerias principais e um número considerável de espaços alternativos e apropriados para outros locais de exposição e serviços educativos. A galeria superior, com 500 m2, é banhada pela luz abundante de Israel e tem as infra-estruturas necessárias para receber objectos tridimensionais. Em termos de iluminação, o design desta galeria tem uma flexibilidade que permite trabalhar o uso de luz artificial a diferentes níveis. A galeria inferior, com 250 m2, tem um pé direito maior mas proporciona uma escursão mais intimista dos visitantes pelos objectos expostos.



O Museu de Design de Holon recebeu o prémio inovação e design para a cultura, atribuído em Maio de 2009 pela Condé Nast Traveller.



27/04/11

MAXXI EM ROMA



O Museu das Artes do Século 21, em Roma, faz no próximo dia 30 de Maio um ano desde que inaugurou. O projecto Maxxi é da autoria de Zaha Hadid e Patrik Schumacher. Assume-se como um centro de exposições e afasta-se da ideia de uma mera atracção arquitectónica.

Projecto de arquitectura: Zaha Hadid e Patrik Schumacher
Fotografias: Roland Halbe e Helene Binet

A inauguração do Maxxi, o Museu das Artes do Século 21, em Roma, aconteceu há quase um ano, no dia 30 de Maio de 2010. O projecto de arquitectura tem a assinatura da Zaha Hadid e Patrik Schumacher, numa construção que se destaca pela complexidade do desenho e do trabalho de construção. Nas palavras de Zaha Hadid, o projecto assume mais a sua condição de um campo de cultura, um centro de dois museus em que arquitectura, Maxxi Arquitectura, e arte, Maxxi Arte, dialogam, afastando a ideia redutora da peça arquitectónica como mera atracção turística. Todavia, a espectacularidade das formas, exterior e interior, numa área total de 29 mil m2 ocupados pelo museu, motivam diferentes tipos de reacções.





Houve a preocupação de integração do Maxxi no seu contexto urbano, de forma a interagir como um espaço aberto.Para além do betão, do aço e do vidro, destacamos a Cementoresina, marca registada da Kerakoll Design, cujas características deste composto conferem uma versatilidade estética enorme, sobretudo em processos de construção como este, caracterizados por contínuas superfícies horizontais e verticais.




BLOG TIAGO KRUSSE

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YILL POR WERNER AISSLINGER PARA A YOUNICOS


A empresa alemã Younicos, de Berlim, especializada em energias renováveis apresenta Yill, uma fonte de energia móvel pensada para ambientes de trabalho sustentáveis. Yill foi desenhada pelo designer alemão Werner Aisslinger e apresenta-se como uma roda de grande mobilidade e com uma autonomia de energia capaz de alimentar, durante dois a três dias, uma base de trabalho.



A Yill consegue fornecer energia para bases de trabalho, com 300 Watts, sem fios ou cabos e através das suas baterais recarregáveis, em lítio e titânio. A Yill permite a quem seja produtor da sua própia energia, por intermédio de fontes renováveis, que esteja completamente desligado das tradicionais redes de energia, até mesmo naqueles dias sem um único raio de sol. Mesmo quando é recarregada através da rede convencional, a Yill suporta a transformação por via de uma sustentável economia de consumo. Este produto possui o espírito, a filosofia e a prática da sustentabilidade direccionado para o ambiente de escritório e de trabalho. Yill é um novo espaço para o armazenamento de energias renováveis.

Fotografia: Steffen Jeanicke